No agronegócio brasileiro, o tema sucessão familiar ainda é tratado como um tabu. Mas enquanto muitos evitam falar sobre o futuro, outros já estão transformando a sucessão em estratégia de crescimento. Segundo a FAO, 8 em cada 10 propriedades rurais no Brasil são familiares, mas apenas 12% chegam à terceira geração. E não é por falta de trabalho ou amor à terra — é por falta de estrutura jurídica e governança familiar. A sucessão é o elo entre o patrimônio e a continuidade. Sem ela, o legado se perde.
O que realmente é o planejamento sucessório rural?
Mais do que herança, a sucessão é gestão de continuidade. Ela envolve: estrutura jurídica do patrimônio, acordos entre gerações, visão estratégica de liderança e negócios, mecanismos legais que evitem litígios. O processo deve começar em vida, com apoio jurídico e contábil especializado — especialmente por meio de holdings rurais, testamentos e doações com reserva de usufruto.
Jornada prática da sucessão familiar:
- 01 – Diagnóstico: identificar o cenário atual — patrimônio, estrutura jurídica, perfil dos sucessores e possíveis conflitos.
- 02 – Estruturação Jurídica: criação de uma holding rural que concentra os bens e define cotas, regras de gestão e direitos de voto.
Case: um grupo familiar do interior de Goiás reduziu em 60% o risco tributário ao transferir sua fazenda para uma holding e incluir o protocolo familiar com cláusulas de convivência.
- 03 – Governança e Comunicação: implantação de conselhos familiares e regras de sucessão.
Case: uma propriedade em Minas Gerais criou um “Conselho da Família Rural” com encontros trimestrais para decisões conjuntas.
- 04 – Educação e Liderança: preparar os herdeiros é tão importante quanto definir o inventário.
- 05 – Execução e Monitoramento: formalização legal, registros e revisão anual do plano.
As oportunidades por trás da sucessão:
- Planejamento tributário inteligente: reduz impostos sobre transferência de bens.
- Profissionalização da gestão: atrai investidores e sucessores qualificados.
- Valorização do patrimônio rural: propriedades com governança sólida valem até 30% mais no mercado.
- Empoderamento feminino: mulheres têm assumido o protagonismo na gestão e mediação das sucessões.
Como o direito pode ser aliado do desenvolvimento rural:
A atuação jurídica vai além de resolver litígios — ela previne conflitos, reduz custos e acelera o crescimento familiar. O Fauvel Moraes Advogados estrutura planos sucessórios com visão ESG e compliance rural, apoiando famílias na construção de modelos perenes de gestão patrimonial.
Conclusão:
A sucessão é o maior investimento de longo prazo que uma família do agro pode fazer. Ela garante que cada geração não apenas herde a terra, mas também o conhecimento, a estratégia e o propósito que a fizeram prosperar.
“Legado é aquilo que continua crescendo mesmo depois que você para de plantar.”
Dr. Augusto Fauvel de Moraes

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Por Fauvel Moraes Advogados – Especialista em Direito Aduaneiro, Sucessão e Governança Familiar no Agro
Curadoria AgroMulher – Educação e Liderança para o Futuro do Campo

