Exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastantes são alguns sinais da Síndrome da Burnout, que já é reconhecida como doença ocupacional e pode atingir profissionais em diferentes níveis hierárquicos
O trabalho faz parte da natureza humana e, por meio dele, se construímos sonhos, carreira e identidades subjetivas próprias. A execução desse trabalho deveria ser sentida primeiramente como prazerosa, no entanto, em muitas circunstâncias é percebido como sacrifício desencadeador de sofrimento e adoecimento, não pelo trabalho em si, mas pelo clima organizacional e emocional existente no ambiente laboral.
Segundo publicação do Ministério da Saúde em seu site, “A Síndrome de Burnout também pode acontecer quando o profissional planeja ou é pautado para objetivos de trabalho muito difíceis, situações em que a pessoa possa achar, por algum motivo, não ter capacidades suficientes para os cumprir.
Essa síndrome pode resultar em estado de depressão profunda e por isso é essencial procurar apoio profissional no surgimento dos primeiros sintomas.”.
A Síndrome pode ter início de forma lenta e gradual. As demandas excessivas podem gerar estresse laboral, ou seja, a sobrecarga de trabalho faz com que o indivíduo passe a produzir além de sua capacidade física e emocional e é neste momento que surgem os primeiros sintomas. Pode-se perceber também o desinteresse da pessoa pelo seu trabalho, sua função e troca de atitudes em relação às reponsabilidades que ele exerce ocasionando tensões, distanciamento emocional e atitudes de defesa.
A Síndrome de Burnout envolve nervosismo, sofrimentos psicológicos e problemas físicos, como dor de barriga, cansaço excessivo e tonturas. O estresse e a falta de vontade de sair da cama ou de casa, quando constantes, podem indicar o início da doença. Se você tem esses sintomas abaixo fique em alerta:
- Cansaço excessivo, físico e mental;
- Dor de cabeça frequente;
- Alterações no apetite;
- Insônia;
- Sentimentos de incompetência;
- Sentimentos de fracasso e insegurança;
- Isolamento;
- Fadiga;
- Hipertensão arterial (pressão alta).
Para evitar algo mais sério é importante buscar ajuda profissional assim que notar que os sinais listados acima. Pode ser algo passageiro, mas também pode ser o início da Síndrome de Burnout.
Buscar estratégias que diminuam o estresse e a pressão no trabalho evitam o desenvolvimento da doença e ajudam a tratar os sintomas logo no início, como:
- Participe de atividade de lazer com a família e amigos;
- Fuja da rotina diária fazendo atividades relaxantes como, passear, ir ao cinema etc.;
- Converse com alguém de confiança sobre seus sentimentos;
- Defina objetivos profissionais e pessoais;
- Faça atividades físicas regularmente;
- Descanse adequadamente com boas noites de sono (geralmente entre 7 a 9 h/noite);
- Não se automedique nem tome remédios sem prescrição médica.
O Burnout tem efeitos negativos para o indivíduo e para sua profissão e é um considerado um problema de saúde pública. Entendemos que é importante falar e divulgar sobre a síndrome para conhecimento por parte dos profissionais que cuidam dos trabalhadores e por parte da população em geral. O conhecimento é, portanto, um passo inicial e decisivo na implementação de medidas para a minimização de suas consequências.
Escrito por: Juliana Soares
Fonte: Ministério da Saúde