Diana Prince é uma amazona filha da rainha Hipólito e Zeus, um conhecido deus da mitologia grega, que vive em uma ilha mítica com outras guerreiras. Ao descobrir que o MUNDO CORRE PERIGO utiliza todas as suas forças e seus superpoderes para salvar pessoas e se torna uma super-heroína, esta é a personagem Mulher Maravilha. Você mulher se reconhece nesta história, faz sentido para sua vida hoje? Se sim, você pode estar sofrendo da “Síndrome da Mulher da Mulher Maravilha”.
Quando se fala em Mulher Maravilha temos a visão da mulher que resolve tudo, daquela que é ideal, perfeita, que quer dar conta de tudo e de todos. A sobrecarga de responsabilidades tem levado mulheres à exaustão física e mental, pois cuidar da carreira profissional, dos filhos, do casamento, dos estudos e deveres domésticos são algumas das incumbências abraçadas por muitas mulheres que se colocam como “esponjas”, absorvendo papeis que a sociedade impõe e cobra delas.
Em consequência disso, sérios prejuízos podem ser acarretados atraindo aspectos negativos como a cobrança exacerbada com as multitarefas, uma bagagem de culpa e cobranças afeta a compulsão pelo controle, além de uma forte tendência a se doar demais para qualquer mínima tarefa. Cabe aqui muito bem uma frase do pai da psicanálise, Sigmund Freud, que diz: “somos feitos de carne, mas temos que viver como se fôssemos de ferro”, e identifica muito a heroína contemporânea.
Alguns sintomas podem ser apresentados por quem está passando pela síndrome, como por exemplo: ansiedade, agressividade, dificuldade para relaxar, distúrbio de sono, exaustão, tensão, cefaleias, impaciência e irritabilidade. Podemos destacar outras situações que aparecem com frequência durante este período, como o sentimento de culpa, a síndrome da pressa, compulsões, distúrbios alimentares e até a depressão.
Não há problema em ser uma guerreira, afinal, em certos momentos precisamos usar a nossa capa para voar alto e o laço para defender aquilo que é importante para nós, mas, a nossa capa pode se tornar um travesseiro, um lenço, um cobertor quente, pois também precisamos de cuidado e de socorro. Nós, mulheres da vida real temos uma história de vida.
Reverter a Síndrome da Mulher Maravilha é possível e necessário, mas vai exigir mudanças não só no pensamento, mas em tudo que está ao seu redor. Somos seres humanos longe da perfeição o equilíbrio e o autocuidado são fatores importantes para lembrar que a heroína não existe. Permita-se errar. É normal fracassar e perder faz parte da vida, e é perfeitamente permissível não dar conta de tudo.
A Mulher Maravilha é apenas uma personagem de filmes e quadrinhos, portanto, a autoaceitação, o amor próprio e o autocuidado são ações benéficas para ajudar a eliminar a síndrome. Repensar seus hábitos é um bom começo! Aproveite os momentos tirando um tempo para si, cuide da sua saúde física e mental, e procure ajuda especializada. Acredite: é possível encontrar o equilíbrio entre as tarefas com a saúde emocional e mental, para continuar a contar a sua história real.
Escrito por: Juliana Soares