Você já se perguntou quais atributos femininos se relacionam bem com papéis de liderança? Já parou para pensar quais desafios as mulheres enfrentam enquanto líderes? Já observou o quanto esta posição de liderança ocupada por mulheres é importante para o setor do agronegócio? Continue sua leitura e conheça alguns pontos que merecem atenção quando falamos em liderança feminina no agro
Texto: Marluce Corrêa – Jornalista e redatora do Portal Agromulher
Quando estamos em grupos, é natural muitas vezes observarmos que algumas mulheres possuem grande capacidade de liderança e costumam tomar frente na formação de grupos e dar direcionamento nas tomadas de decisão. Não é difícil, por exemplo, observar que em um grupo de crianças no jardim de infância, geralmente há uma menininha que toma frente das brincadeiras e que “puxa o grupo todo”. Um cenário hipotético trazido da escolinha para a vida adulta. Em muitos grupos, no mercado de trabalho, nas universidades e dentro das próprias equipes, a presença feminina pode tornar-se um norte e uma liderança forte com grande destaque. Mas você já se perguntou por que isso acontece? Já observou quais traços estas meninas/mulheres têm em comum?
Muitas vezes, esta mulher que é líder de uma equipe no mercado de trabalho, já era líder nata e, desde a escolinha tinha esta posição de liderança. Outras vezes, este perfil de liderança foi desenvolvido ao longo da vida e esta mulher se tornou referência como líder no ambiente onde atua, mesmo que esta não fosse uma característica tão forte na infância, por exemplo. Fato é que a liderança feminina, seja ela nata ou desenvolvida, é a base forte de muitas equipes e empresas. É o colo aconchegante e a resposta firme que a equipe busca em uma voz que sabe o que diz.
E o que todas essas vozes femininas têm em comum?
As mulheres possuem fortalezas intrínsecas do gênero que fazem com que elas, muitas vezes, sejam líderes natas. Elas são comunicativas, possuem grande capacidade de formar grupos e criar redes com mesmo perfil e interesses. Possuem uma grande capacidade de gerir a casa, a família e os negócios. Além de um forte perfil e capacidade de ensinar, compartilhar e conectar.
Ter uma mulher na moderação e em posição de destaque dentro da família e do negócio, por exemplo, gera sensação de pertencimento e, acima de tudo, é um forte incentivo para a sucessão familiar dos negócios.
A mulher como líder de si mesma e de uma equipe promove mais equidade de gênero e, ainda por cima, o exercício da empatia dentro do grupo de forma interpessoal. A mulher líder inspira a equipe a dar o seu melhor e olhar com um olhar de aconchego e empatia. Acolhe e apoia sem perder a firmeza. É coerente e busca os melhores caminhos com muito “jogo de cintura”.
Mulher. Líder da casa, dos negócios, da família e, acima de tudo, de si mesma.
Mas com tantos atributos e qualidades que nos beneficiam enquanto líderes, por que ainda há uma grande ausência feminina nestas posições de liderança?
Apesar de capacitadas, fortes e decididas, muitas mulheres sofrem pelo medo, insegurança e falta de autoconhecimento. Lacunas do desenvolvimento pessoal que geram um abismo entre o potencial de liderança existente e a figura da mulher que não sabe o potencial que tem.
Essa insegurança própria (que independe do gênero) gera insegurança também nos liderados e em toda uma equipe que não se sente confiante diante de uma líder que ainda não se conhece o suficiente.
E é aí que vemos a figura de uma pessoa que, mesmo sendo gestora, não atua como líder. Para mudar esta realidade é preciso buscar se desenvolver no âmbito da comunicação, da inteligência emocional, da empatia e, assim, desenvolver o espírito de liderança.
Para Vanessa Sabioni, Fundadora da Rede Digital Agromulher, a transformação começa com a mudança de cada uma de nós e a união destas mulheres com pensamento transformador. “O nosso papel diante de todos estes desafios é primeiro entender que a mudança não está no outro e sim em nós mesmas. Mudança no sentido de pensar diferente para transformar o ambiente, ao invés de cobrar dele um pensamento diferente. Será através da nossa união que iremos mostrar nossa importância neste mercado”, comenta Vanessa em trecho de um conteúdo exclusivo que trazemos para vocês no e-book que a Agromulher acaba de lançar, intitulado “A influência feminina na gestão e na liderança no agronegócio”. E aqui, eu te pergunto: você já entendeu qual a sua importância para o agro? Tem noção do quanto você pode crescer e se desenvolver profissionalmente? Acesse agora gratuitamente o e-book pelo link e conheça todo o conteúdo que desenvolvemos pensando em cada uma de vocês.
Afinal, é pensando nesta união e na realidade de cada uma de vocês que a Agromulher segue cumprindo seu propósito. E, como é em casa que a lição começa, é aqui que cumprimos diariamente o nosso incentivo à liderança feminina, desenvolvendo e promovendo cada uma de nossas consultoras. Cada uma em sua área de atuação, possui voz, capacidade, espaço e poder para, com acesso à vários grupos, conectar e capacitar várias outras mulheres, desenvolvendo ainda mais sua capacidade de liderança. E é com ações assim que buscamos ser o exemplo que planta a semente de algo muito maior. Um projeto que já não é mais só nosso. Um sonho e uma voz que já ecoa pelos 4 cantos do país, na certeza de que nossa voz é mais forte quando a colocamos em um só coro. Na certeza de que a sororidade nos faz muito melhores.
E é nesta certeza que a Agromulher tem o projeto grandioso de um livro pela frente. O primeiro capítulo deste livro, que falará sobre “diversidade e inclusão de mulheres no agro” já está sendo produzido com muito carinho e chegará até vocês já no próximo semestre. É mais um projeto que reforça a nossa certeza de que temos muito a contar e também a ouvir de cada uma de vocês. Afinal, é para isso que nós estamos aqui: para sermos os ouvidos e a voz de cada uma de vocês.
Fique ligadinha e não perca nada deste conteúdo que está apenas começando! Contamos com sua presença e participação para somarmos essas vozes em um só coro de agromulheres pelo Brasil.